A moral é uma criação humana, uma ilusão
temporal e geográfica de perspectiva, digamos... efêmera.
Hoje a moral chegou a tal ponto que
se tornou prejudicial a sociedade humana.
O homem já não tem coragem de ser nobre
e se esconde atrás de morais, de escudos de pseudo-orgulho, pois, ser nobre
é foda, pois, o homem nobre não peca... ele próprio estabelece a sua regra
de conduta. (e banca suas decisões), desta forma, o homem nobre não se
submete a qualquer regra exterior, nem, portanto, a nenhum outro... torna-se responsável por seus atos, sem culpas e sem culpados... livre... (e isso não é tão fácil quanto aparenta)
O homem nobre deve estar pronto para
defrontar a verdadeira crueldade de existir sem medo nem arrependimento.
É necessário criar (ou não) seus próprios deuses, os deuses pagãos libertam os homens
ao terem, como eles, os seus defeitos.
O mundo pagão é também um mundo divino,
em que cada coisa é divina, não porque está sujeita a uma avaliação moral,
mas porque encontra nos deuses a sua EQUIVALÊNCIA.
Mas o nobre sofre também na medida heróica.
O herói não é apenas semi-deus, mas também aquele que, pela sua coragem
e pelo seu vigor, sofre na pele a dor de desafiar os deuses,
e nessa medida o homem nobre é aquele que está preparado para ser dilacerado,
ou não, por eles, pela cultura vigente... não importa... o homem nobre não sabe ser diferente de Ser Ele Mesmo... todo o tempo...