terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sobre a Nobreza



A moral é uma criação humana, uma ilusão temporal e geográfica de perspectiva, digamos... efêmera.

Hoje a moral chegou a tal ponto que se tornou prejudicial a sociedade humana.

O homem já não tem coragem de ser nobre e se esconde atrás de morais, de escudos de pseudo-orgulho, pois, ser nobre é foda, pois, o homem nobre não peca... ele próprio estabelece a sua regra de conduta. (e banca suas decisões), desta forma, o homem nobre não se submete a qualquer regra exterior, nem, portanto, a nenhum outro... torna-se responsável por seus atos, sem culpas e sem culpados... livre... (e isso não é tão fácil quanto aparenta)

O homem nobre deve estar pronto para defrontar a verdadeira crueldade de existir sem medo nem arrependimento.

É necessário criar (ou não) seus próprios deuses, os deuses pagãos libertam os homens ao terem, como eles, os seus defeitos.

O mundo pagão é também um mundo divino, em que cada coisa é divina, não porque está sujeita a uma avaliação moral, mas porque encontra nos deuses a sua EQUIVALÊNCIA.
Mas o nobre sofre também na medida heróica. O herói não é apenas semi-deus, mas também aquele que, pela sua coragem e pelo seu vigor, sofre na pele a dor de desafiar os deuses, e nessa medida o homem nobre é aquele que está preparado para ser dilacerado, ou não, por eles, pela cultura vigente... não importa... o homem nobre não sabe ser diferente de Ser Ele Mesmo... todo o tempo...