quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Beleza Humana

O texto abaixo recebi de uma amiga.... vejam que sensibilidade, que capacidade de expressar aquilo que é sentido; expressar aquilo que todos nós mais dia ou menos dia escutamos a voz serena da alma e a voz suave do coração.
"Eu nasci para isso, fazer carreira solo!
Tem pessoas que vivem em grupos, em dupla, em trio, ou simplesmente sobre outras pessoas...
Parece piada né... Mas eu gosto de caminhar com minhas pernas, com um bom salto... e SOZINHA!

Por que? Ah, porque eu gosto de levar a culpa sozinha do negativamente ou positivamente!

Ser livre, mas por vezes, ser só sol, ser só vento, ser só coração...

Já tentei fazer uma auto-critica, umas 20 vezes... e nunca consigo terminar..

Não pela inconstância da vida, mas tão somente, por não conseguir me definir por completo.

Sou aquele vulcão, as vezes calminho, calminho... As vezes... em erupção!

A belissíma Clarice nasceu para escrever e me surpreender, impossível não cita-la:"

"Não me prendo a nada que me defina.
Sou companhia, mas posso ser solidão.
Tranqüilidade e inconstância, pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."
"Decifra-me mas não conclua, eu posso te surpreender."
C.Lispector
Isso tudo me fez lembrar do Hino a Isis que já postei aqui

Vejam:

Hino a Ísis

"Porque sou a primeira e a última Eu sou a venerada e a desprezada Eu sou a prostituta e a santa Eu sou a esposa e a virgem Eu sou mãe e a filha Eu sou os braços de minha mãe Eu sou a estéril, e numerosos são meus filhos Eu sou a bem-casada e a solteira Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou Eu sou a consolação das dores do parto Eu sou a esposa e o esposo E foi meu homem quem me criou Eu sou a mãe do meu pai Sou a irmã do meu marido E ele é o meu filho rejeitado Respeitem-me sempre Porque eu sou a escandalosa e a magnífica"
Hino a Ísis, século III ou IV (?), descoberto em Nag Hammadi

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